terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Surgimento e Evolução da Contabilidade de Custos


  A contabilidade de custos surgiu com a Revolução Industrial, no final do século XVIII. Em decorrência da transformação no processo produtivo, as empresas necessitaram de controles mais específicos para a apuração do preço dos produtos. O sistema inicialmente desenvolvido visava a avaliar os custos de transformação dos processos e da mão-de-obra empregada.


  Através do surgimento das atividades ferroviárias, telegráficas e de grandes empresas varejistas, foram desenvolvidos os conceitos de margem operacional (razão entre receita e custos operacionais), margem bruta (receita de vendas menos custos operacionais e compras) e de giro de estoques. Nesse período, foram desenvolvidos, também, a integração da contabilidade industrial em relação à contabilidade geral, o aperfeiçoamento da movimentação e registros das matérias-primas, a apuração e forma de contabilização dos custos com mão-de-obra, a inclusão de itens relevantes na produção do custo com mão-de-obra e o surgimento dos primeiros indícios conceituais dos custos fixos, custos variáveis e custo padrão.

  Em meados de 1915, a contabilidade de custos ganha completude, através das técnicas do fluxo de custos e com a utilização adequada de métodos de rateio. Grande parte das empresas já utilizava o custeio por absorção. Com o aparecimento da administração científica e sua busca pela otimização da produção, os padrões físicos desenvolvidos por esses cientistas foram transformados em padrões de custos, configurando o início do custo padrão.

  Por volta de 1925, as empresas estavam em acelerado crescimento, e as transformações nos processos produtivos eram contínuas. A contabilidade, que estava voltada para os processos internos, não conseguiu acompanhar o ritmo das organizações, o que acarretou em distorções no controle de custos. Com a crise de 1929, a contabilidade foi desacreditada, e obrigaram-se as entidades a padronizarem os métodos contábeis. Nessa mesma década, começou a surgir na academia a figura do custeio variável, pois pesquisadores na época começaram a diferenciar os custos que variavam com a produção e os custos que independiam do processo produtivo.

  Podem ser destacados os trabalhos realizados por J. Maurice Clark, que foi um dos primeiros e mais influentes autores a defender a distinção entre a parcela da despesa que variava na proporção direta das mudanças de produção (custos variáveis), e os custos que não são afetados por aumentos ou decréscimos na produção (custos fixos). (STARK, 2007, p. 5)

  Na década de 80, percebeu-se que os métodos tradicionais de custeio não atendiam às necessidades das organizações, pois houve diversas transformações no ambiente empresarial, como: a diminuição da mão-de-obra direta, a maior representatividade dos custos indiretos e a diminuição do volume de estoque, que chamaram a atenção para a necessidade de um controle de custos adequado à nova realidade. Surgiu então o custeio baseado em atividades (ABC – activity-based costing), que se preocupou em fornecer informações precisas, tempestivas e direcionadas em nível operacional e estratégico.

1 comentários:

lutonadio | 17 de fevereiro de 2019 às 12:29  

Ano, autor e obra do Surgimento da Contabilidade de custo

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